26/07/2010 18:20

Jogo de equipe foi usado várias vezes na F1

Ordens vindas do box que influenciem o resultado estão banidas desde 2002

Apesar de sempre polêmicas, as ordens de equipe para pilotos trocarem de posições não são uma novidade na F-1.
https://img443.imageshack.us/img443/1586/barrichelo.jpg
Lógico que o lance mais famoso deste tipo dos últimos tempos é o GP da Áustria de 2002, quando Rubens Barrichello cedeu a vitória para o seu companheiro de Ferrari, Michael Schumacher, nos últimos metros da prova.

No pódio, o alemão fez com que o brasileiro ficasse no lugar mais alto e recebesse o troféu pelo primeiro lugar, o que resultou em uma multa para a equipe de Maranello por descumprir o regulamento do cerimonial. Este episódio foi o motivo para a FIA resolver limitar o jogo de equipe, proibindo a partir de então ordens que influenciem no resultado.

Aquela não era a primeira vez que o time utilizou o artifício. Um ano antes, em 2001, Ferrari, Barrichello e Schumacher viveram a mesma situação, na mesma pista, só que pelo segundo lugar.

Ordens de equipe também não são exclusividade da Ferrari. No GP da Austrália, etapa inaugural do campeonato de 1998, por exemplo, a McLaren pediu para David Coulthard abrir passagem para Mika Hakkinen, respeitando um acordo feito antes da prova que aquele que contornasse a primeira curva na liderança venceria a prova. O finlandês saiu na frente, mas perdeu a posição após entrar nos boxes no momento errado, recebendo de volta no final e começando a caminhada para o seu primeiro título.

A Williams também já praticou o jogo de equipe. No GP Brasil de 1981, no Rio de Janeiro, o time sinalizou para Carlos Reutemann deixar Alan Jones ultrapassar. Porém, naquela ocasião, o argentino ignorou a ordem e venceu a corrida.

Em casos mais recentes, mesmo com a proibição das ordens, as equipes continuaram a utilizar o artifício. Em 2007, Felipe Massa diminuiu o ritmo para o seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen, sair de sua parada no box na frente, durante o GP do Brasil, e conquistar a vitória e o título.

Um ano depois, o finlandês retribuiu deixando o brasileiro ultrapassá-lo no GP da China, penúltima etapa do campeonato, mantendo as chances de Massa no campeonato. Naquele ano, a Ferrari também acusou a McLaren de ter ordenado Heikko Kovalainen abrir passagem no início do GP da Inglaterra para Lewis Hamilton.

Outra controvérsia envolvendo o time inglês aconteceu no GP de Mônaco de 2007, quando a equipe mandou Hamilton manter sua posição atrás de Fernando Alonso, que liderava a prova.

Uma das ordens de equipe mais polêmicas da história aconteceu no GP de Cingapura de 2008, quando a Renault pediu para Nelsinho Piquet simular um acidente e forçar a entrada do safety car, o que ajudou a estratégia de Fernando Alonso para vencer a prova.

Porém, também é possível encontrar relatos de situações em que equipes privilegiaram um dos seus pilotos nos primórdios da F-1. Um exemplo é o GP da Itália de 1956. Na época, caso sofresse algum problema, um piloto poderia continuar na prova com o carro do companheiro. Com Juan Manuel Fangio disputando o campeonato, a Ferrari fez Peter Collins ceder para o argentino, que terminou a corrida em segundo, conquistando o quarto dos seus cinco títulos.

Share/Bookmark

—————

Voltar